Seis municípios baianos completam seus 63 anos de emancipação
Neste sábado, dia 12 de dezembro, seis municípios baianos comemoram suas emancipações políticas. São as cidades de Itajuípe, Iguaí, Coaraci, Uruçuca, Ibicuí e Itapetinga. Terra do escritor Adonias Filho, Itajuípe tem sua história marcada por inúmeras lutas. A busca pela emancipação começou em 1934, com a realização de atos em defesa da separação do distrito de Pirangi, que pertencia a Ilhéus. Foram 18 anos de batalhas, pressões econômicas e políticas. Até que, em 1952, estourou o movimento emancipacionista. E, em 12 de dezembro daquele ano, o governador Régis Pacheco determinou o reconhecimento do distrito como município.
Localizado na região sudoeste, Iguaí possui uma grande quantidade de cachoeiras e rios. Daí seu nome significar "fonte de beber água". Está localizada as margens da BA-262 entre os municípios de Nova Canaã e Ibicui. Roteiros das cachoeiras são os que mais atraem os turistas. Nascentes, cachoeiras, cascatas, rios e riachos, além da beleza dos vales e serras. Esse é o cenário da APA (Área de Proteção Ambiental) Serra do Ouro. Ela possui uma área de 50 mil hectares – dela fazem parte ainda a serra do Macário e a serra dos Índios – e abriga importantes remanescentes do bioma Mata Atlântica. Com seu território localizado totalmente nos limites da Mata Atlântica, o município conta ainda com 16% de reservas florestais remanescentes. A natureza contemplou o território de Iguaí com uma rica fauna e flora além de 2000 nascentes catalogadas. Por entre serras, penhascos e vales, estas nascentes compõem um grande manancial de água doce, com mais de 180 cachoeiras, cascatas e rios que deságuam no Rio Gongogi.
Até o ano de 1919, o território de Coaraci era encoberto por matas inexploradas. A povoação teve início com a construção de uma casa de taipa, servindo de residência e ponto de comércio. Algum tempo depois, chegou à região trabalhadores que se lançaram a exploração das terras ainda virgens, criando às margens do Rio Almada, uma vasta plantação de cacaueiros, formando tempo depois uma fazenda, denominada Berimbau. O povoado foi inicialmente denominado de Macacos. Depois o seu nome foi modificado para Itacaré do Almada. Em 1933 foi criado o distrito de Paz e Sub-Delegacia de Policia, pertencendo ao município de Ilhéus. Em 1938 o distrito foi elevado a categoria de Vila, ainda com o nome de Itacaré, depois Guaracy, sendo mais tarde a sua denominação modificada para Coaraci.
Do antigo povoado criado em 1906, denominado de Água-Preta do Mucambo, por serem escuras as águas que banhavam a localidade, surgiu o município de Uruçuca, cujas praias, cachoeiras e fazendas se constituem em fortes atrativos para a prática de ecoturismo. O nome Uruçuca vem de urucu – grosso, gordo, abelha grande e côa – mato, erva, Mato da Abelha Grande ou do tupi – águas escuras. Nesse município ficam a Área de Proteção Ambiental Itacaré/Serra Grande e o Parque Estadual da Serra do Conduru Conservação. Entre os inúmeros atrativos estão a Fazenda São Tomé com banho de mar e, também em uma pequena lagoa existente no local. Tomar banho na Cachoeira do Zé Maria e Poço do Robalo. Conhecer e passear pela tranquila Vila de Serra Grande, banhar-se na represa, a que se atribui propriedades afrodisíacas. Apreciar e adquirir artesanato local. Entre seus filhos ilustres estão poeta e cronista Jorge Medauar e o comentarista esportivo e radialista Armando Oliveira.
Ibicuí foi emancipado do município de Poções. Faz divisa com diversos municípios como Itororó, Firmino Alves, Dário Meira entre outros, porém possui estreita relação com Iguaí (15Km) e Nova Canaã (22Km). Ibicuí é há muito tempo conhecida por suas festas juninas. Pessoas de todo os municípios da Bahia e de outros estados brasileiros vão à cidade para curtir o frio e o forró. Durante todo o ano a cidade se prepara para esta festa, que movimenta uma grande quantidade de dinheiro. O número de visitantes, atraídos pelas boas atrações na praça Régis Pacheco e nas festas de camisas, chegam a ultrapassar o números de moradores da cidade. Inúmeras bandas de forró, conhecidas nacionalmente, se apresentam todos os anos em Ibicuí. Até Luiz Gonzaga, conhecido como o Rei do Baião, já se apresentou em Ibicuí. Lugar de natureza simples, repleto de montanhas, vales, cachoeiras, nascentes, fazendas e rios que proporciona uma exploração do turismo voltado para a natureza e à prática de atividades ecoturísticas.
Para encerrar os aniversariantes do dia temos Itapetinga. Erguido nas margens do Rio Catolé, Itapetinga cresceu sustentado pela pecuária de corte e leite, o que lhe rendeu a distinção de "maior bacia leiteira do Norte/Nordeste". Itatinga foi o primeiro nome dado à cidade. Na língua indígena tupi-guarani significa "pedra branca". Em 1938 Itatinga teve sua sede elevada à condição de vila, sendo integrante de Vitória da Conquista. No mesmo ano, o distrito de Itatinga deixa de ser parte integrante de Conquista e se anexa ao município de Itambé. Em 1944 o IBGE muda o nome de Itatinga para Itapetinga. Em 1938 por força de decreto estadual, o povoado passou a pertencer ao município de Itambé e, em 1944, foi considerado vila, com o nome de Itapetinga. Em 12 de dezembro de 1952, o governo da Bahia, assinou o Decreto Estadual nº502, elevando Itapetinga à categoria de município autônomo. Sua população preserva hábitos rurais, como o culto à vaquejada, argolinha e feiras de animais. Situado na microrregião pastoril, Itapetinga, já foi considerada a capital da pecuária do Estado.
Fonte: upb.org.br