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“Mesmo com crise o São João tem que existir”, defende Eures

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O esforço dos municípios baianos para manter a tradição e realizar os festejos juninos foi tema de entrevista concedida pelo presidente da UPB e prefeito de Bom Jesus da Lapa, Eures Ribeiro, ao programa Que Venha o Povo da TV Aratu – Canal 4. Na conversa com a apresentadora Driele Veiga, Eures rebateu as críticas às prefeituras que optaram por manter a festa mesmo em tempos de dificuldade financeira.

Segundo o gestor, os festejos juninos representam um investimento na cultura e, sobretudo, na economia dos municípios. “Mesmo com crise o São João tem que existir. É a alegria do povo e motivo de geração de emprego e renda. Você faz uma festa dessa, a prefeitura gasta R$400 mil e, no mínimo, vai gerar R$4, R$5 milhões para a economia local”, disse Eures ao citar a cadeia produtiva da hotelaria, alimentação, vestuário, beleza e outras. “Gera despesa, mas gera muito mais renda no bolso do povo”, afirmou.

O presidente da UPB ressaltou ainda a austeridade da maioria dos municípios onde os festejos foram mantidos. “Diminuíram os gastos, cortaram custos, muitos fizeram a festa antecipada. A gente teve também o Governo do Estado patrocinando”, argumentou. Ele lembrou o compromisso dos municípios em manter a população no interior nesses tempos de seca, corte de programas sociais e aumento da pobreza. “Gera o caos social com as pessoas indo para as grandes cidades. Com o São João, nos criamos oportunidades, postos de trabalho, mesmo que com empregos temporários”, destacou.

Vitórias Municipalistas

Ainda durante o programa, Eures Ribeiro aproveitou o espaço para fazer um balanço da última Marcha a Brasília e demonstrar a importância da unidade do Movimento Municipalista para melhorar a arrecadação dos municípios. Ele listou o veto da reforma do ISS, o parcelamento da dívida do INSS, a partilha dos recursos da repatriação e das multas geradas, conquistados na XX Marcha em Defesa dos Municípios. Além desses, o 1% extra do Fundo de Participação dos Municípios (FPM), a ser depositado em julho, fruto de mobilizações anteriores. “Essas ações tranquilizam os prefeitos, muitos que encontraram problemas, vão ter condições de fechar os caixa esse ano”.

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