Amurc emite nota de recomendação sobre o coronavírus aos municípios

A Associação dos Municípios da Região Cacaueira – Amurc emitiu nesta terça-feira, 17, uma nota de recomendação aos prefeitos associados sobre a necessidade de implementação de algumas medidas para conter a transmissão do Coronavírus (Covid-19) na região.

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Dentre elas, o documento reforça a necessidade de suspensão das aulas na rede pública e privada de ensino, das atividades dos Centros de Referência a Assistência Social (Cras), além da suspensão de eventos coletivos pelo prazo de 90 dias. Tais medidas foram adotadas por prefeitos de 12 municípios, nesta segunda-feira, 16, durante uma Assembleia Extraordinária realizada pela Amurc.

As demais recomendações orientam aos gestores: decretar situação de emergência se for o caso, visando a aquisição emergencial de equipamento de proteção individual, medicamentos e outros insumos necessários para o enfrentamento ao COVID-19;

Aumentar a frequência de limpeza dos órgãos da Administração Pública e os estabelecimentos privados; Garantir o atendimento ininterrupto das Unidades de Pronto Atendimento Municipais (UPAS, PAs, 24hs), durante o período de vigência da emergência de saúde;

Organizar campanhas de conscientização sobre os riscos e as medidas de prevenção para enfrentamento da emergência; Alocar o servidor público que se encaixa no grupo de risco ao regime de trabalho tele presencial;

Solicitar dos laboratórios públicos ou privados o dever de informar imediatamente ao Sistema de Vigilância Municipal quaisquer casos positivos de COVID19; Fiscalização dos aeroportos, portos e rodoviárias com agentes da vigilância sanitária e epidemiológica do Estado e do município.

Ofício no. 007-2020 AMURC - RECOMENDAÇÃO COVID-19

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Texto: Viviane Cabral – MTE 4381/BA

Prefeitos decidem pela suspensão das atividades escolares e de assistência social

Durante uma Assembleia Extraordinária da Amurc nesta segunda-feira, 16, os prefeitos da região adotaram a decisão em conjunto sobre o fechamento da rede municipal e particular de ensino, além das unidades que atende a assistência social e a suspensão de eventos com mais de 50 pessoas. As medidas visam proteger a população de uma proliferação do Novo Coronavírus (Covid-19).

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A reunião contou com a presença de prefeitos e secretários de saúde dos municípios de Almadina, Barro Preto, Itabuna, Itajuípe, Buerarema, Coaraci, Firmino Alves, Camacan, Santa Cruz da Vitória, Ubaitaba, Itapitanga e Floresta Azul. De acordo com o presidente da Amurc, Aurelino Cunha, "as decisões adotadas pelos gestores presentes servem como uma alerta para os demais prefeitos, que possam avaliar a possibilidade seguirem as mesmas recomendações".

Em Itajuípe, o prefeito Marcone Amaral já determinou, através de decreto, a suspensão imediata das aulas da rede municipal e das escolas particulares, visando proteger o máximo possível de crianças e jovens. O prefeito de Itajuípe, Marcone Amaral falou que está tarde já liberou um decreto para colocar alguns pontos importantes que possa diminuir a aglomeração de pessoas na cidade. “A priori por 15 dias, para que a gente possa ter tempo para preparar nossas escolas, e depois tomaremos outras decisões”, explicou Marcone.

Da mesma forma, o prefeito de Buerarema, Vinícius Ibrann declarou que estará suspendendo as aulas e emitindo um decreto proibindo a aglomeração de pessoas. Os demais gestores que participaram da reunião estarão adotando as mesmas medidas até a próxima semana, visando diminuir o impacto do Coronavírus na região. “Vamos estar antenados com as recomendações do ministério da saúde para a gente garantir a segurança da nossa população”, completou Ibrann.

Os gestores municipais parabenizaram a inciativa da reunião promovida pela Amurc e conclamaram os demais prefeitos da região para a necessidade de adotar medidas de forma urgente. A ideia é tomar decisões em conformidade, uniformidade de todos, com a mesma linha de pensamento. “Se toda região estiver engajada nessas resoluções, isso vai diminuir e muito os impactos que a cidade terá no futuro”, completou Amaral.

Um comitê de crise para o combate ao Novo Corona Vírus (COVID-19) foi formado, com a participação de secretários municipais, prefeitos, governo do Estado e hospitais da região, visando prover ações articuladas e preventivas nos municípios da região.

UPB aconselha prefeitos a suspenderem as aulas e tomarem outras medidas contra o COVID 19.

A União dos Municípios da Bahia (UPB) propôs aos prefeitos associados à entidade a implementação de medidas preventivas visando o bloqueio da cadeia de transmissão do COVID 19, já que, o vírus apresenta casos de contaminação dentro do estado da Bahia.

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Entre as sugestões a serem implementadas pelos prefeitos baianos estão:

1 – A suspensão de aulas na rede pública e privada de ensino, por no mínimo 15 dias, podendo ser prorrogado, caso necessário;

2 – Orientar a população a EVITAR todo tipo de aglomeração, como aniversários, comemorações, reuniões, e outros similares.

3 – Manter idosos e crianças em casa durante 15 dias.

4 – Tornar obrigatório a colocação e disponibilização de equipamentos de álcool gel por parte dos estabelecimentos comerciais que prestam serviços à população, como: agência bancária e postos de serviços, casas lotéricas, hotéis e pousadas, varejos de alimentação, bares e restaurantes, centros comerciais, clubes, supermercados, padarias e delicatessens, cinema e teatros, oficinas, escolas, igrejas, e outros.

5 – Além disso, a população deve ser continuamente orientada quanto as formas de prevenção, sinais e sintomas, bem como fluxo de atendimento do Covid 19. Usar de preferência os meios de comunicação para divulgação dessas informações.

No caso de Belmonte, o Prefeito Janival Borges deve decretar nessa segunda-feira (16/03) a suspensão das aulas na rede municipal de ensino por 14 dias e, segundo informações da Secretaria Municipal de Saúde, já estuda-se as medidas necessárias para atender os possíveis casos do novo Coronavírus em Belmonte.

 

Fonte : http://www.maisbn.com/

O Coronavírus e o desafio Federativo

*Luciano Robson Rodrigues Veiga

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O Coronavírus provoca a maior crise sistêmica da década, provocando colapso nos sistemas de saúde, economia e político. Dado a rapidez na contaminação, alguns países estão buscando experiências positivas de outros, objetivando criar uma sistematização de ações, evitando excessos ou ação tardia.

No Brasil, estamos passando por vários testes, na saúde, economia e na política. Das três áreas mencionadas, aparentemente, a que melhor e serenamente tem se comportado é a da saúde, que tem dado as informações, ações e articulações para enfretamento equilibrado da Pandemia que vem avançando no território nacional.

O Brasil tem o Sistema Único de Saúde – SUS, porém ao longo dos anos vem sendo negligenciados, que seja pela falta de recursos financeiro, subfinanciamento e político, capaz de posicioná-lo de fato Universal como preconiza a nossa Constituição.

Um dos maiores desafios será a articulação federativa entre a União, Estados, Distrito Federal e os municípios. Nesta divisão de papel e responsabilidade é preciso levar em consideração quem está na ponta. Como fazer chegar aos serviços de saúde municipal os recursos apontados pelo Governo Federal, os
R$ 5 bilhões para combate ao Coranavírus, que segundo o ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, será destinado para fazer políticas públicas por diagnóstico, produção de testes, para comunicação, prevenção, levar para a ponta do sistema SUS o atendimento.

Na proposta apresentada pelo Ministro, aparentemente não está a recuperação e equipação das Unidades Básica de Saúde, dos pequenos hospitais municipais, dentre outros equipamentos que serão fundamentais para o atendimento das populações de cidades de pequeno porte e estratégico na contenção de circulação de pessoas, evitando que este pacientes se desloque para os grandes centros, estes já saturados.

Neste olhar, estamos diante do primeiro e grande Pacto Federativo, que não se iniciará pelo campo dos tributos da economia, mas, pela saúde. As pactuações entre os entes federados serão testados no limite, daí a necessidade das articulações e lideranças regionais agirem de forma integrada, compondo um grande escopo à disposição de todos.

No primeiro momento teremos o ímpeto da individualidade, entretanto uma pandemia, por ser uma enfermidade epidêmica amplamente disseminada, necessitará trabalhar o coletivo, articular forças e ações, que rompa a barreira da singularidade.

Os gestores municipais precisam se unir através das suas instituições representativas – associações e consórcios, tanto para exigirem ações rápidas da União e do Estado, como, também, compartilhar equipamentos, pessoal e insumos, dada a situação de emergência que serão cometidos.

Este mergulho indesejado, nos leva refletir o quanto somos frágeis, mesmo no século XXI das inovações e tecnologias, sofremos com a ignorância humana de não entender que só com ações conjuntas e articuladas podemos fazer frente a esta crise endêmica mundial e, mais do que isso, viver em harmonia com a natureza e não agindo como predador de si mesmo.

*Luciano Robson Rodrigues Veiga é Advogado, Administrador, Especialista em Planejamento de Cidades.

Amurc e instituições de saúde montam comitê de crise para o combate ao Novo Corona Vírus

Com o objetivo de unir esforços no combate ao Novo Corona Vírus (COVID-19), foi formada um comitê de crise, com a participação de secretários municipais, prefeitos, governo do Estado e hospitais da região nesta sexta-feira, 13, na sede da Associação dos Municípios da Região Cacaueira.

Eduardo Kowalski na reunião com secretários municipais FOTO VIVIANE CABRAL.jpegEduardo Kowalski na reunião com secretários municipais

A iniciativa, segundo o secretário executivo da Amurc, Luciano Veiga, é criar uma metodologia para que os municípios da região possam ter a estrutura e o apoio necessário para o atendimento de possíveis pacientes com suspeita do vírus. Pensando nisso, uma equipe de profissionais da área de saúde dos municípios será treinada na próxima terça-feira, 17, às 17 hs, no Hblem, para o atendimento adequado a esse público.

“Será utilizada a mesma técnica de orientação que foi utilizada com os funcionários do Base, com o objetivo de organizar o fluxo de tratamento. Orientações sobre como abordar o paciente, como agir com o paciente suspeito e com paciente com diagnóstico, além de classificar o paciente em leve, moderada e grave”, declarou o diretor médico do Hospital de Base Luís Eduardo Magalhães (Hblem) de Itabuna, Eduardo Kowalski Neto.

O médico Infectologista do Hblem, Fernando Romero também participou da reunião e esclareceu para os secretários que o vírus vai chegar, mas não sabe como vai se comportar no hemisfério sul e qual será a proporção que vai se instalar na região. Por isso, ele ressaltou que é necessário estar preparado para tentar minimizar os danos que ele possa trazer.

As principais recomendações apontadas pelo infectologista, principalmente para pessoas idosas, maiores de 60 anos é, evitar eventos que aglomere muitas pessoas, bem como visitas nos próximos 2 a 3 meses. Se estiver gripado, usar máscara para não contaminar outras pessoas, tentar sair pouco, higienizar as mãos sempre, antes e depois das refeições ou depois de qualquer evento que toque as mãos.

Sobre a estrutura das unidades básicas de saúde e de hospitais disponíveis em alguns municípios, os especialistas orientaram sobre a necessidade de criar espaços isolados para manter pacientes possivelmente infectados. Além disso, destacaram a necessidade de aquisição do álcool 70, eficaz no combate ao vírus e da máscara, que deve ser oferecido ao paciente que está gripado.

No final da reunião, Luciano Veiga declarou que vai solicitar do governo do Estado a equipação das unidades hospitalares municipais com o objetivo de deixa-las aptas para fazer o enfrentamento dos municípios pequenos. Além disso, será feita a solicitação para a reabertura do Hospital São Lucas para fazer o atendimento específico para o Covid-19.

Fernando Romero  na reunião com secretários municipais FOTO VIVIANE CABRAL (7).jpeg
Fernando Romero na reunião com secretários municipais

Reunião com especialistas do Hblem e secretários municipais FOTO VIVIANE CABRAL (5).jpegReunião com especialistas do Hblem e secretários municipais

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