UPB quer que Congresso destrave reforma tributária ampliando arrecadação dos municípios

Zé Cocá afirma que ampliar participação das prefeituras no bolo tributária levará investimentos aos municípios do interior

O movimento municipalista nacional e entidades ligadas à fiscalização e tributos lançaram na última semana uma carta em defesa da ampla reforma tributária. O documento defende uma reforma completa, “não em etapas, como está sendo sugerido pelo Governo Federal”, diz o texto. A União dos Municípios da Bahia (UPB), que é representada no debate pela Confederação Nacional de Municípios (CNM), defende que o Congresso Nacional se debruce sobre o tema e dê uma resposta à sociedade, ampliando a base da arrecadação municipal.

ZE_COCA_UPB.jpg

“Essa é uma pauta essencial. Hoje, a União concentra praticamente todas as receitas do recolhimento de impostos no Brasil e repassa aos municípios apenas uma pequena parcela em transferências obrigatórias”, reclama o presidente da UPB e prefeito de Jequié, Zé Cocá. Ele afirma ser “injustificável” que, com o volume de serviços prestados, as prefeituras tenham participação de apenas 15% da riqueza nacional, “outros 5% a 6% são repassados em forma de complementação e emendas parlamentares, que é o mesmo que manter os municípios mendigando apoio para fazer investimento”, lamenta o gestor.

Na Carta, além da CNM, o Comitê Nacional dos Secretários de Fazenda dos Estados e do Distrito Federal (Comsefaz), o Centro de Cidadania Fiscal (CCIF), a Federação Brasileira de Associações de Fiscais de Tributos Estaduais (Febrafite) e o Movimento Destrava Brasil defendem a reforma, também, como superação das desigualdades socioeconômicas regionais e criticam “disputas federativas autofágicas em torno do ICMS e ISS”. O documento ainda aponta a necessidade de modernizar o sistema tributário brasileiro, que é o único país economicamente relevante do mundo que separa a base entre bens e serviços, indo na contramão das práticas tributárias das nações mais modernas.

Zé Cocá explica que “é necessário que a reforma tributária, assim como o novo Pacto Federativo, dê aos municípios maior independência financeira para realizar investimentos locais e prestar um serviço de qualidade à população”. Segundo ele, na UPB, “uma das nossas principais lutas, é sem dúvidas, diminuir essa desigualdade entre o governo federal, estados e municípios através de uma divisão mais justa do bolo tributário”.

 

Amurc participa de debate sobre o Projeto de Lei que amplia a Política Nacional do Cacau

WhatsApp-Image-2021-04-08-at-17.24.53-750x430.jpeg

Em vídeo conferência realizada na última terça-feira (06), representantes dos Consórcios Intermunicipais, Pesquisadores da CEPLAC e o Deputado Federal Tito, colocaram em pauta o Projeto de Lei 4107que amplia a Política Nacional do Cacau. O Deputado Tito (Avante-BA) é relator deste projeto na Comissão de Agricultura da Câmara Federal. O projeto de Lei, uma iniciativa da AMURC, CIMA e SIAPRA, foi votado no Senado Federal e posteriormente encaminhado para Câmara Federal para apreciação. De acordo com produtora de cacau Isabel Delmondes a lei atende as necessidades dos municípios, dos agricultores, dos industriais e dos servidores da CEPLAC que tem assistido a dilapidação do seu patrimônio material e imaterial.

De acordo o Presidente do Consórcio Intermunicipal da Mata Atlântica (CIMA) Antônio Valete, o Projeto de Lei 4107prevê a construção de Políticas Públicas que garantam a pesquisa e extensão. “É preciso preservar o patrimônio material e imaterial produzido ao longo de mais de 60 anos pela CEPLAC, que vem sendo dilapidado sistematicamente. Falar de Sistemas Agroflorestais é falar da Cacauicultura, do Sistema Cabruca, do Cacau de Várzea e, portanto da preservação da Mata Atlântica, da Floresta Amazônica e de outros agrossistemas. Os Sistemas Agroflorestais são essenciais à vida destes ecossistemas”, pontuou Valete.

Construída por 18 especialistas do Brasil, oriundos dos cinco estados produtores de cacau entre eles pesquisadores da CEPLAC e sob a coordenação do Consultor da Organização das Nações Unidas (ONU) Carlos Aquino, o Projeto de Lei conta com o apoio na Câmara Federal da Presidente da Comissão de Meio Ambiente Deputada Carla Zambelli e da Presidente da Comissão de Agricultura Deputada Aline Sleutjes. Sua aprovação é ansiosamente aguardada por todos os cacauicultores do país.

Para o Secretário Executivo da AMURC Luciano Veiga, os municípios podem contribuir efetivamente com ações bilaterais para a captação de recursos. “Os governos municipais podem garantir governança de ações importantes para o desenvolvimento regional, constituindo-se um importante aliado para a volta do desenvolvimento da lavoura cacaueira e consequentemente das regiões produtoras”, ressaltou Luciano.

Criação de Fundo para Cacauicultura

O Brasil possui mais de 76 mil produtores de cacau, desses, aproximadamente 2.700 estão endividados. Partindo desse pressuposto o projeto prevê a criação de um fundo para a cacauicultura, para que as verbas oriundas da produção de cacau, linhas de financiamentos externas, internas e de outras fontes sejam direcionadas para o fundo e de fato os resultados da aplicação dos recursos cheguem a quem precisa. O Projeto de Lei também indica que o equacionamento da dívida que pode ser discutido dentro da Política de Mecanismos de Desenvolvimentos Limpo (MDL).

O Diretor do Instituto do Chocolate e Ambientalista Erlon Botelho reforça a importância de se trabalhar as regiões produtoras de cacau partindo de um projeto desenvolvido por uma equipe multidisciplinar. “O Projeto de Desenvolvimento da Cacauicultura: Rotas Estratégicas para a Cacauicultura Brasileira e o Novo Prodecau, apresentados pelo PrefeitoValete, trás um direcionamento sobre os passos que devem ser seguidos para que o cacau volte a ser um grande propulsor do desenvolvimento econômico tanto regional com nacional. A cacauicultura devolve para o país muito mais que os R$: 4,65 bilhões para a balança comercial,as devoluções vão além das delimitações geográficas.

Em uma comparação com soja, este cultivo trouxe a economia 51 vezes mais dólares que o cacau. Só que a soja está plantada em 59 vezes mais hectares que o cacau! Por outro lado, os Sistemas Agroflorestais com Cacau, incluindo os agrossistemas Cabruca e Várzea e o Cacau a Pleno Sol com barreiras de árvores, entregam serviços ambientais importantes como: preservação de água, fauna, flora, sequestro de carbono e uma pauta mundialmente discutida como são os problemas climáticos. Problemas que atingem todo o planeta e que serão discutidos em agosto na Escócia, trazendo a importância da preservação da Amazônia”, informou Erlon.

O Brasil possui o maior Centro de Pesquisa em Agricultura Tropical do mundo, o CEPEC, e mesmo assim, as lideranças municipais das regiões produtoras de cacau não conseguem ser ouvidas pela Ministrada Agricultura Tereza Cristina que é Engenheira Agrônoma. “A Ministra precisa olhar para as particularidades de cada região; várias tentativas já foram feitas até mesmo extrajudicialmente, queremos apenas que ela ouça os anseios de nossos representantes, conheça nossa região, mas parece existir um muro intransponível entre os Prefeitos e a Ministra, que até o momento não atendeu nenhuma das solicitações”, concluiu Erlon Botelho.

A partir da crise do cacau houve um empobrecimento dos municípios brasileiros que têm, como principal atividade agrícola, a lavoura a cacauicultura. Êxodo rural, desordem social, favelamento, danos ambientais, abandono de roças de cacau, entre outros são efeitos da crise na lavoura. Uma das metas do próprio Governo Federal é que tenhamos “Mais Brasil e menos Brasília” e o Pacto Federativo visa estreitar as relações entre os Ministérios e os Municípios.

O Projeto Rotas Estratégicas foi criado a partir de pesquisas importantes e trás informações sobre onde garimpar os recursos que podem alavancar a economia das regiões produtoras de cacau. Existem recursos na ANATER, no Fundo da Amazônia e no Fundo Verde e,os municípios, através dos consórcios intermunicipais podem propor e adquirir recursos em Organismos Internacionais, verbas para a resolução desses problemas que acabam afetando todo o planeta.

Em julho esta prevista a visita de uma delegação de prefeitos ao Vale do Itajaí para tratar de temas como Cooperação Internacional com a Alemanha com Foco no Clima.

Para o Presidente do festival Internacional do Chocolate Marcos Lessa, “enquanto estão desmontando a CEPLAC o país poderia estar vendendo serviços para o mundo e ganhando dinheiro com isso. Temos tecnologia de ponta e pesquisas importantíssimas que estão sendo jogadas fora”, relatou o empresário.

O desmonte do CEPEC/CEPLAC, principal centro de pesquisa em cacau e sistemas agroflorestais do país, pode trazer sérios danos para toda a sociedade. Com o aparecimento de novas pragas como, por exemplo, a monilíase (Moniliophthora roreri), devastadora doença para o cacaueiro a necessidade das pesquisas é ainda maior, pois a prevenção de pragas é feita através da criação de mecanismos de defesa, desenvolvidos a partir de estudos aprofundados.

Lideranças e pesquisadores dos cinco estados brasileiros produtores de cacau, seguem incansáveis na busca por soluções para os problemas da lavoura cacaueira e de um plano de desenvolvimento econômico que atenda as particularidades de cada região.

Fonte: Ipolítica

 

Amurc parabeniza municípios por cumprir a meta de vacinação

Prefeitos, secretários de saúde e representantes dos municípios associados à Amurc estiveram reunidos nesta quarta-feira, 7, em uma reunião virtual com a diretora do Núcleo Regional de Saúde Sul, Domilene Borges, para discutir estratégias de imunização da população regional quanto a Covid-19. O NRSul, atingiu a meta de 91,4 % das doses aplicadas nos municípios de abrangência, sendo que alguns deles ultrapassaram a meta de 100% de vacinação.

O presidente da Amurc e prefeito de Itajuípe, Marcone Amaral, parabenizou a atuação dos municípios e suas equipes de saúde no cumprimento da meta de imunização local. A ideia, segundo ele, é continuar atuando em conjunto com os municípios e o NRSul para ampliar, cada vez mais, a vacinação. “A reunião foi importante para interagir com os municípios e ajudar a população da melhor forma possível”.

Os prefeitos e secretários aproveitaram a oportunidade para expressar as ações realizadas em prol do cumprimento do Plano Nacional de Imunização (PNI), mas, para avançar, eles aguardam a chegada de novas doses. A previsão, segundo a gestora do NRSul está prevista para esta quinta-feira, 8, no sul da Bahia.

Durante sua fala, Domilene destacou a parceria da Amurc para o desenvolvimento das ações na saúde e ressaltou o empenho dos municípios que estão conseguindo aplicar o percentual de vacinas, sendo que 14 municípios estão acima de 100%. Sobre a nova remessa de vacinas, ela orientou os secretários para continuar traçando a estratégia de imunizar a faixa etária de 60 a 69 anos, de forma escalonada e decrescente, assim que souberem o quantitativo de doses.

WhatsApp Image 2021-04-07 at 13.30.29.jpeg

 

WhatsApp Image 2021-04-07 at 10.49.32.jpeg

Marcone Amaral.jpeg

 

 

 

Prefeitos avaliam as melhores práticas de vacinação contra a Covid-19, nesta quarta, 7

Os prefeitos associados a Amurc se reúnem nesta quarta-feira, 7, às 10 horas, pela plataforma zoom, com o objetivo de avaliar a gestão e a coordenação integrada de vacinação contra a Covid-19 em seus municípios. A ideia é compartilhar as melhores práticas para que os gestores da saúde local possam replicar e intensificar o acesso da população às vacinas.

WhatsApp Image 2021-04-06 at 10.13.17.jpeg

Presidente da Amurc articula melhoria nas estradas com o Cima e CDS-LS

Durante uma reunião nesta quarta-feira, 31, o presidente da Amurc e prefeito de Itajuípe, Marcone Amaral, articulou a recuperação da estrada na Região dos Macacos, que liga os municípios de Barro Preto, Coaraci e Itajuípe. A ação será realizada em parceria do Consórcio de Desenvolvimento Sustentável – Litoral Sul e o Consórcio Intermunicipal da Mata Atlântica (Cima).

A articulação foi realizada com o apoio do prefeito de Coaraci, Jadson Albano e o vice-prefeito, Milton Dias, o prefeito de Jussari e presidente do Cima, Antônio Valete, o prefeito de Barro Preto, Juraci Dias e o secretário executivo do CDS-LS, Luciano Veiga.

“A melhoria na estrada vai começar por Barro Preto, passando por Coaraci e terminando no distrito de Bandeira do Almada, em Itajuípe. No dia 12 de abril as máquinas começam a chegar, através da parceria firmada entre os três municípios”, explicou Marcone.

Milton Dias, Jadson Albano, Juraraci Dias, Marcone Amaral e AntônioValete.jpeg
Milton Dias, Jadson Albano, Juraraci Dias, Marcone Amaral e AntônioValete

 

WhatsApp Image 2021-03-31 at 20.34.26.jpeg

 

 

 

 

AMURC
Associação dos Municípios do Sul, Extremo Sul e Sudoeste da Bahia

Rua Almirante Tamandaré, 405 - Duque de Caxias
Itabuna - BA, 45600-741 

(73) 3613-5114

© Copyright 2025 AMURC   |   Todos os direitos reservados.