Mulheres ainda têm desafios na política brasileira

Samuel Straioto 

Apesar de representarem mais de 51,8% da população e mais de 52% do eleitorado brasileiro, as mulheres ainda são minoria na política e ainda estão longe dos espaços de poder, com exceções. De acordo com dados do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), nas eleições municipais de 2020, a desigualdade foi mantida. Os dados mostram a baixa representatividade feminina na política do país. Foram eleitas no ano passado, 651 prefeitas (12,1%), contra 4.750 prefeitos (87,9%). Já para as câmaras municipais, foram 9.196 vereadoras eleitas (16%), contra 48.265 vereadores (84%).

No Brasil, mudanças recentes na legislação tentam reverter esse cenário, com a criação de cotas para candidaturas e regras de financiamento para equiparar as chances de disputa. Nas eleições proporcionais, para as câmaras de vereadores, a assembleias legislativas e o Congresso Nacional, os partidos são obrigados a apresentar uma porcentagem mínima de 30% e máxima de 70% para candidaturas de cada gênero. O objetivo, portanto, é criar um equilíbrio entre os sexos nas eleições, levando os partidos a terem pelo menos 30% de candidatas mulheres. Em 2020, as urnas registraram um pequeno avanço em relação a 2016. Por exemplo: O número de mulheres não-brancas eleitas para legislativos locais subiu 23%.

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Estudos associam os investimentos das mulheres líderes à melhoria dos indicadores de desenvolvimento humano e a maior empreendedorismo feminino. Estudo coordenado pelo Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD) e pela ONU Mulheres, com o apoio da organização IDEA Internacional, o Brasil é um dos últimos países na América latina em relação aos direitos e representação feminina, ficando em 9º lugar entre onze países. Segundo dados compilados pela Inter-Parliamentary Union – uma associação dos legislativos nacionais de todo o mundo – no Brasil, pouco mais de 10% dos deputados federais são mulheres. Ocupamos o 154º lugar entre 193 países do ranking elaborado pela associação, à frente apenas de alguns países árabes, do Oriente Médio e de ilhas polinésias.

“Na verdade cada vez mais as mulheres têm ocupado os bancos das universidades, passado em concursos públicos, ocupado com muita competência espaços no mercado de trabalho. hoje temos dois grandes desafios, um deles é a participação das mulheres na política. Nós tivemos aqui no Brasil um atraso de 400 anos, das mulheres em relação aos homens que é o direito de votar e por isso hoje o Brasil é um dos países mais sub-representados pelo gênero feminino nos parlamentos. Temos países que as mulheres usam burca como a Cisjordânia e tem mais mulheres no parlamento do que o Brasil, neste ponto precisamos melhorar. E outro ponto é a violência, uma mancha que a sociedade carrega”, afirmou a deputada federal Flávia Morais (PDT).

A longa história de quasemonopólio masculino sobre a política se expressa nos partidos. Com ampla maioria masculina em sua direção na maior parte dos casos e privilegiando quem já faz parte do jogo político-partidário, colocam em ação vieses que são desvantajosos para as mulheres. Vale lembrar que, se o voto das mulheres foi conquistado em 1932 e exercitado a partir de 1946, com o fim da ditadura do Estado Novo, foi apenas com a Constituição de 1988 e após o fim de mais uma ditadura, aquela instaurada em 1964, que a população analfabeta passou a ter direito a votar nas eleições. A violência sofrida pelas mulheres é um dos desdobramentos do machismo e apresenta padrões diferentes dos da violência que atinge os homens no país.

CDS-Litoral Sul discute propostas para a compra de vacinas contra o Covid-19

Representantes do Consórcio de Desenvolvimento Sustentável Litoral Sul (CDS-LS) participaram durante essa semana de uma série de reuniões promovidas pela Rede Nacional de Consórcios Públicos com os laboratórios produtores de vacinas contra o Covid-19, com o objetivo de buscar alternativas para a aquisição dos medicamentos pelos municípios consorciados.  A proposta foi avaliar como os municípios poderão comprar os medicamentos através dos consórcios para que possam imunizar o maior número de pessoas na região.

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Representando o presidente do CDS-Litoral Sul, Antônio de Anízio, prefeito de Itacaré, participaram o secretário Executivo da entidade e da AMURC, Luciano Veiga, e o secretário municipal de Comunicação, Ed Camargo, que fizeram questionamentos sobre a eficácia das vacinas, os preços, a logística para a chegada e distribuição dos medicamentos, garantias e os procedimentos legais para a aquisição das vacinas. Também solicitaram de cada laboratório uma proposta detalhada para que seja analisada pelos municípios consorciados.

Uma das videoconferências foi com os representantes do Laboratório Johnson e Johnson, que produz a vacina Janssen. O laboratório informou que tem preferência de negociação com o Governo Federal. E como a Rede Nacional de Consórcios participa do Plano Nacional de Imunização, os municípios serão contemplados dentro do PNI. Mas os consórcios públicos enviaram carta de intenção formalizada com o Laboratório Johnson e Johnson, caso abram contatos com os entes da federação além da União. 

Ainda por orientação do presidente Antônio de Anízio, os representantes do CDS- Litoral Sul também participaram de uma reunião com o presidente da Câmara de Comércio Brasil/China, Charles Tang, para avaliar as propostas do laboratório da Sinofarm. A empresa manifestou o interesse em vender as vacinas para municípios e consórcios e estará apresentando a proposta para a Rede Nacional de Consórcios Públicos. Outra videoconferência foi realizada na manhã desta quinta-feira com os representantes da Globalpharm – Sputinik, que também tem interesse em negociar com municípios e consórcios e já estão apresentando as propostas.

O presidente do CDS – Litoral Sul, Antônio de Anízio, falou da necessidade dos municípios adquirem as vacinas, já que a quantidade de medicamentos disponibilizada pelo Governo Federal tem sido insuficiente para atender a demanda e imunizar toda a população. E os consórcios, segundo explicou, é uma das maneiras mais rápidas e viáveis para os municípios regionais comparem esses medicamentos. No entanto, ele recomendou uma avaliação profunda e cautelosa dos gestores dos consórcios para suas tomadas de decisões, observando atentamente as propostas, as viabilidades, os custos e as garantias apresentadas por cada laboratório.

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Chocolat Mulheres que Inspiram: webinar reúne principais especialistas do Brasil

Mercados do cacau, chocolate e confeitaria serão temas debatidos por elas

Na semana em que se celebra o Dia Internacional da Mulher, o Chocolat Festival promove o webinar Mulheres que inspiram. O encontro virtual, que acontece nos dias 8, 9 e 10 de março, reúne os principais nomes nos segmentos de cacau, chocolate e confeitaria do país. Adriana Reis, Luísa Abram e Janaína Suconic são algumas das mulheres que se destacam nas respectivas áreas e irão apresentar o panorama atual do mercado, ideias, tendências e perspectivas para o futuro pós-pandemia.

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A programação está dividida de acordo com o tema, sendo o dia 8 dedicado ao cacau. No dia 9 será a vez das mulheres do chocolate bean to bar (da amêndoa à barra), incluindo a participação especial da venezuelana Maria Fernanda Di Giacobbe. Já o dia 10 de março será dominado pela confeitaria, quando serão discutidos os entraves e as tendências do setor, incluindo a Páscoa. O evento é gratuito, totalmente on-line e tem início sempre às 20h. Para participar, é preciso se inscrever preenchendo o formulário no link www-chocolatfestival-com.rds.land/webinar.

Confira todas as participantes por cada tema:

 

08.03 – Cacau

Luciana Centeno (Moderadora)

Adriana Reis

Cláudia Sá

Anna Paula Losi

Elcy Gutzeit

Patrícia Viana

Juliana Ustra

 

09.03 – Chocolate

Juliana Aquino (Moderadora)

Luisa Abram

Arali Aguiar

Neyde Pereira

Luciana Lobo

Luana Lessa

Maria Fernanda Giacobbe

10.03 – Confeitaria

Silvana Castelli (Moderadora)

Tati Benazzi

Adalgisa Almeida

Mariana Corbetta

Karla Leal

 

O Chocolat Festival – Festival Internacional do Chocolate e Cacau é considerado o maior evento do setor na América Latina e já tem 19 edições presenciais realizadas entre Bahia, Pará e São Paulo.

Núcleo Regional Sul de Saúde recebe novas doses de vacina, mas prevenção é fundamental

O Núcleo Regional Sul da Secretaria Estadual de Saúde recebeu na manhã de hoje (3) novas doses da vacina Coronavac para dar seguimento à imunização da população contra a Covid 19. Foram 10.400 vacinas para primeira dose em mais um grupo de trabalhadores de saúde e mais 24% da população de idosos de 80 a 86 anos. A região de Jequié recebeu 3.700 doses, a de Itabuna 3.500, de Ilhéus 1.800 e Gandu 1.400 doses.

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Também foram enviadas 10.200 vacinas para segunda dose em trabalhadores de saúde e idosos com idade entre 87 a 89 anos, sendo que a região de Jequié recebeu 3.400 doses, a de Itabuna: 3.650, de Ilhéus: 1.750 e Gandu 1.400 doses.

A coordenadora do NRS Sul, Domilene Borges, destaca que só receberão as vacinas referentes a primeira dose os municípios que já tiverem atingido 75% de doses aplicadas. “Não podemos permitir num momento delicado como esse que municípios tenham vacina em estoque”, diz..

Domilene lembra ainda que mesmo com o avanço da vacinação, ela só atinge parte dos profissionais de saúde e grupos de idosos. Em função disso, é fundamental que a população respeite os protocolos determinados pela Organização Mundial de Saúde, como distanciamento social, uso de máscaras, álcool em gel e higienização permanente. “Estamos com leitos clínicos e de UTI no limite de ocupação na rede hospitalar de Itabuna e Ilhéus, num momento crítico, que a conscientização sobre a prevenção é necessária para evitar um colapso. O momento é de preservar a vida”, afirma.

REITOR DA UESC, PROF. ALESSANDRO FERNANDES, ASSUME PRESIDÊNCIA DO FÓRUM DE REITORES

O reitor da Universidade Estadual de Santa Cruz (Uesc), Prof. Alessandro Fernandes é o novo presidente do Fórum de Reitores das Universidades Estaduais da Bahia. O mandato terá duração de um ano, conforme estabelecido no regimento da entidade. Ele sucede ao reitor da Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia (Uesb), Prof. Luiz Otávio de Magalhães.

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Entre as diretrizes que pretende imprimir na presidência do Fórum, o reitor Alessandro Fernandes, destaca a importância do fortalecimento das Universidades estaduais na execução de suas ações finalísticas e no auxílio a elaboração e execução de políticas públicas e consequentemente, no processo de desenvolvimento do Estado. Nesse sentido será fundamental, juntamente com os quatro reitores, intensificar as ações que ampliem o papel das Universidades estaduais, junto ao governo do Estado, além de estabelecer maior interação com o Fórum das Associações Docentes -ADs, com o Fórum dos Servidores e com os Diretórios Centrais dos Estudantes das Universidades Estaduais da Bahia.


A Universidade do Estado da Bahia (Uneb), Universidade Estadual de Feira de Santana (UEFS), Universidade Estadual de Santa Cruz (Uesc) e Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia (UESB), fazem parte da administração estadual indireta vinculada à Secretaria da Educação do Estado da Bahia e respondem por cerca de 50% dos estudantes do ensino superior matriculados no Estado.


O Dr. Alessandro Fernandes, é um dos mais jovens reitores de universidade pública no Brasil, assumiu a gestão da Uesc, em 04 de fevereiro de 2020, dias antes do anúncio da pandemia do novo coronavírus. Em março de 2020, a Uesc suspendeu as aulas presenciais de graduação e intensificou as ações de pesquisa e extensão, implementando em seguida o ensino não presencial com o auxílio de teconologias de informação e comunicação.


“A universidade teve que se reinventar para dar respostas rápidas às demandas que surgiram”. Desde o início da pandemia do coronavírus a Uesc se destacou com ações de apoio às comunidades acadêmica e regional no combate aos ao COVID-19 e seus efeitos. No âmbito da comunidade acadêmica, medidas apoio aos estudantes em situação de vulnerabilidade socioeconômica, plano de qualificação para docentes, servidores técnicos e discentes para o aprimoramento no uso das novas tecnologias digitais de informação e comunicação. No que se refere ao apoio a comunidades regional, foram realizadas várias pela Uesc em todas as áreas de atuação, destacando-se dois programas, o Amaná que reúne ações da para o enfrentamento às adversidades econômicas resultantes da pandemia do novo coronavírus e o Programa de Apoio Gerencial e Institucional às prefeituras da região sul da Bahia – Programa AGIR, desenvolvido em parceria com a AMURC, a Uesc colocou também um de seus laboratórios para realização de testagem do coronavírus.


O reitor destaca que o momento exige ações coletivas, ações em rede, no sentido de buscar unir esforços para solucionar os problemas que atingem a sociedade: “A Universidade Pública está voltada aos problemas da sociedade, e seu papel é servir a sociedade e nesse sentido, o nosso objetivo é estar cada vez mais perto da comunidade,” conclui o reitor Alessandro Fernandes.

AMURC
Associação dos Municípios do Sul, Extremo Sul e Sudoeste da Bahia

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